Vez ou outra, eu via uma notícia sobre alguém, geralmente um homem, geralmente familiar, geralmente pai, que mantinha em cativeiro suas filhas e netas-filhas, abusadas psicológica e sexualmente pelo perverso.
Nessa hora, a pergunta que todos fazem é: como isso pôde acontecer? Como pôde passar despercebido pela vizinhança ou pelas autoridades?
Eu também me fazia essas mesmas perguntas, que logo vinham acompanhadas de outra mais incomum: e no caso do cativeiro psicológico, em que nosso corpo e movimento estão aparentemente livres, mas nossa mente está presa, condicionada, sequestrada, imobilizada?